quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Das ironias se fez o fim da folia

Sei que as postagens no blog estão atrasadas, hoje faço uma rodada dupla. Depois de postar sobre minha sexta-feira muito louca, aquela que antecedeu ao carnaval, falarei agora dos quatro dias de folia. Hoje a frase mais usada foi “todo carnaval tem seu fim”. O meu não poderia ser diferente dos últimos dias. Lembra do par dialético da sorte e azar, então ele permaneceu durante esses dias. Acredito que fui do céu ao inferno em algumas vezes. Mas o desfecho do carnaval foi cheio de coincidências e surpresas que fico tão desnorteado só de pensar. A história de terça de carnaval pode ser resumida num drama típico de novela do Manoel Carlos, lógico que sem o toque especial do Leblon, mas com o por do sol no Dois Irmãos. Ipanema foi o local dos acontecimentos. Sabe aquele encontro que tudo dá errado. Nada acontece, você fica desanimado e não sabe o que está fazendo ali. A vontade de voltar para seu território vai crescendo a cada minuto. E você se sente num barco a deriva, querendo encontrar um porto seguro. E era assim que estava acontecendo, resolvi ir para casa. Assim aconteceu a primeira ironia do destino. A segunda foi logo a seguir. O metrô estava impossível de entrar. Todos queriam sair do mesmo lugar ao mesmo tempo. Uma confusão só. Como não gosto de confusão resolvi pensar no plano B. Nada melhor que recorrer ao meu irmão para todas as horas. E ai aconteceu a terceira ironia do destino. Ele poderia me ajudar, mas teria que ficar sozinho, a espera, até mais ou menos umas 22:30. O que fazer? Ligar para alguém e arrumar uma companhia. E foi assim. A quarta foi as mais doidas de todas, acabei encontrando amigos que não imaginava encontrar. E ai que a noite de terça me reservou surpresas. As ironias passaram a ser fatos. Rodamos pelas ruas de Ipanema e encontrei a companhia que tinha recorrido para passar meu tempo. Ela estava bêbada e descobri que só consigo aturar uma pessoa nessa minha fase da vida. E já tinha vivenciado isso nesse carnaval. E não queria isso para o meu carnaval em seu fim. Então deixei a companhia para lá. Enfim, encarnei o vilão da história que me coloquei como o mocinho ingênuo. A surpresa da noite foi quando descobri que algo estava para acontecer muito tempo e parece que eu não percebia. E o que era ironia do destino passou a ser fatos de uma realidade que me desnorteou e me deixou em estado de êxtase, alegria e excitação. Algo inesperado, louco e apaixonante aconteceu. Antes de concluir a história de terça irei relembrar os outros dias de folia. A sexta, o sábado e o domingo foram uma coisa do tipo praia, amigos e bebidinhas. Adorei o clima. Cantei, ri, vivi coisas que não tinha vivido. Passei alguns dias com uma peça de roupa. Adotei a campanha “S.O.S Rafael, Doe Roupas”. Mas sempre com minha fiel escova de dente. Conheci pessoas interessantes que me encantaram apenas com uma boa conversa. Vi-me apaixonado e empolgado com minha vida acadêmica, mas no fim fiquei cansado. Por isso, tirei a segunda para descansar, ficar em casa e relaxar um pouco numa coisa bem família, bem o meu lugar. E voltando na terça. O carnaval teve seu fim. Um fim que me deixou encantado. Um encantamento que me preocupa e que não poderia acontecer. Um encantamento que me deixa com vontade de curtir e de afastar ao mesmo tempo. Um encantamento com uma grande dose de carinho. Carinho que precisava a muito tempo. Mas logo veio a realidade e a hora de voltar para casa seria muito complicada. E foi. Mas consegui chegar, mesmo depois de sentar num banco cheio de purpurina e esperar horas uma condução e toda hora alguém vir pedindo dinheiro no ponto onde estava. Mas enfim, o carnaval foi do tipo “a gente ri, a gente chora, e comemora o que passou”, porque “queira ou não queira terminou o carnaval”.

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